Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Mocellin, Márcio Goulart |
Orientador(a): |
Oliveira, Ricardo Lourenço de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/4164
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Resumo: |
Aedes aegypti e Aedes albopictus têm preferência por criadouros artificiais embora possam utilizar criadouros naturais. O encontro de formas imaturas destes vetores da dengue em bromélias tem levado a reflexões sobre o papel de bromeliáceas na proliferação e persistência destes mosquitos. Embora nenhum estudo sistematizado tenha sido feito no Rio de Janeiro para avaliar a importância sanitária deste criadouro no ambiente urbano, a eliminação dessas plantas pela população e a realização de tratamento das mesmas com inseticidas foram implementadas, principalmente com vistas ao combate a Ae. aegypti especialmente durante epidemias. O presente trabalho avalia a presença de Culicídeos em bromélias, com enfoque para Ae. aegypti, em cinco bairros ou favela com características urbanísticas, demográficas e ambientais distintas, no Rio de Janeiro: Amorim (favela), Curicica, Tubiacanga (bairros suburbanos), Urca e Vila Valqueire (urbanos), de outubro de 2008 a outubro de 2009. Sessenta bromélias foram marcadas em cada bairro e examinadas quinzenalmente. A água das axilas foliares de cada planta era totalmente aspirada e aferido o seu volume, e contado o número de axilas foliares contendo água no momento da coleta. O material era levado ao laboratório onde as formas imaturas eram identificadas segundo a espécie a partir de caracteres de formas imaturas ou de adultos emergidos de pupa, e a água analisada segundo sete parâmetros físico-químicos. Criadouros encontrados em oito casas ao redor daquela onde se achavam bromélias marcadas, também foram examinados. Foi coletado um total de 2.368 larvas. A composição da fauna e a frequência das espécies de mosquitos variaram segundo o bairro. Wyeomyia sp. e Ae. aegypti foram as mais frequentes. O gênero Wyeomyia foi o mais abundante nas bromélias urbanas, especialmente em bairros com proximidade com áreas verdes, e houve uma correlação negativa entre a frequência desse táxon e a de Ae. aegypti. O gênero Wyeomyia mostrou-se presente em todos os meses do ano, enquanto que a maior frequência de Ae. aegypti foi entre os meses de dezembro a junho, com um pico em março. Os dados da temperatura mostrou correlação positiva com a abundância de Ae. aegypti e com o gênero Wyeomyia. Não foi possível encontrar qualquer tipo de correlação entre os resultados obtidos na medição dos fatores físico-químico do microambiente das bromélias e a constituição da fauna de mosquitos, e nem em relação ao número de larvas coletadas. Foi verificada uma influência, diretamente proporcional, da densidade populacional de Aedes aegypti nos criadouros artificiais no ambiente urbano com a densidade da fauna dessa espécie de mosquito nas bromélias. Não houve aumento significativo da população de Ae. aegypti nas bromélias quando efetuada a ação de controle sobre os principais criadouros artificiais ao seu redor. Embora Ae. aegypti seja encontrado nas bromélias urbanas, os resultados sugerem que as bromélias não se constituem criadouros importantes para a manutenção e proliferação deste vetor e, desta forma, não poderiam, isoladamente, manter uma epidemia de dengue, além de não ter sido observada preferência de Ae. aegypti pelas bromélias quando comparadas a outros criadouros, tais como caixas d’água, pneus, tonel, prato plástico, ralo e prato de xaxim. |