Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Paulino, Marina Cortez |
Orientador(a): |
Gaudenzi, Paula |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49001
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Resumo: |
Nas últimas décadas, a intersexualidade vem constituindo-se enquanto categoria, marcada por uma nova perspectiva sobre uma conformação corporal que, em si mesma, não é uma novidade. Desse modo, emerge como uma problemática contemporânea, perpassada por questões científicas, políticas e éticas. A hodierna problematização da intersexualidade envolve dinâmicas de visibilidade e invisibilidade, identificáveis na visibilização médica da diferença sexual corporalmente localizada e em sua invisibilização social, enfatizada pelo ativismo intersexo. Partindo do pressuposto que o paradigma do \201Csexo verdadeiro\201D biologicamente fundado e visto no corpo é produto da era moderna, o objetivo deste trabalho é compreender como a ambiguidade sexual foi produzida em diferentes contextos históricos como efeito de um conjunto de saberes e práticas que orbitavam em torno da visibilidade corporal da diferença sexual. Para tanto, elaborou-se uma genealogia da visibilidade médica da ambiguidade sexual, inspirada pela obra de Michel Foucault. É um trabalho de cunho teórico, cujas fontes principais são documentos históricos de variadas naturezas, encontrados em bibliotecas virtuais e físicas, em sebos e na internet. Discute-se como a diferença e a ambiguidade sexual eram tornadas visíveis nos corpos em períodos pré-modernos e como passaram a ser vistas com a emergência da biologia e medicina moderna. Conclui-se que a coexistência de dois sexos-gêneros em um mesmo corpo humano deixou de ser uma possibilidade médica e social durante o século XIX. Tal impossibilidade emergiu enquanto efeito produtivo de formações discursivas que interseccionavam a medicina, biologia e zoologia e práticas médicas de normalização dos corpos considerados ambíguos. |